O amor é a linguagem da alma.

O amor é a linguagem da alma.

Por Francilene Vaz.
Conselheira Estadual do Amapá


Quer mensurar o que é verdade em relação a alguém/algo? Veja como você sente-se em relação a isso. Apenas sinta.

Às vezes, é tão difícil (re)conhecer os sentimentos e ainda mais difícil admiti-los. Quando se trata da intensidade com que eles chegam até você, as palavras costumam falhar. Daí a importância de buscar outros meios de demonstrá-los , declará-los.
Por que motivo isso ocorre? Devido à função das palavras. Elas podem ser "veículo" tanto de graça quanto de perdição. Por isso, ao primeiro sinal da falta de discernimento sobre o que precisa ser dito, opte pelo silêncio. O silêncio também é resposta.

As palavras são expressões orais daquilo que intencionamos comunicar. No entanto, não representam a importância do comunicador. A mensagem não pode ser mais relevante que o mensageiro. Não devo e nem posso (des)credibilizar uma pessoa por uma fala (mal)dita. Quem nunca cometeu um vacilo diante de termos que procura evitar e, por decisões acertivas, escolheu banir do vocabulário?
E nem vamos potencializar a oratória em si, mas a atitude de quem o fez.

O ser humano é a mais linda expressão de resiliência. Ele é capaz de (re)ssignificar absolutamente tudo o que foi feito para fazê-lo parar, prendê-lo. E, com a comunicação, não seria diferente.
Experimentar, muitas vezes, de forma intuitiva, esse conhecimento que, frequentemente, foi sistematizado para gerar conexão com outra pessoa não é um processo complicado. Pelo contrário, é simples, pois a linguagem do amor é simples.
Quando reconhecemos a importância da pessoa com quem desejamos manter essa conexão, construir essa ponte, entendemos de fato a grande motivação de nossas decisões: o AMOR.
Esse que, na minha opinião, é o sentimento mais puro, perfeito, verdadeiro e nobre. É UM que é multidão. Ele que transforma o choro em alegria, a saudade em presença (ainda que nas lembranças), a adversidade em bonança e as impossibilidades em fé.
Como não desejar ser aprendiz de um sentimento tão puro e verdadeiro? Além disso, como não desejar ardentemente ser interlocutor para uma comunicação direta e acertiva com meu semelhante?
Quando você reconhece no outro a importância e o valor que ele tem, com toda certeza, a forma como você vai estabelecer essa comunicação será responsável e respeitosa. Afinal, a comunicação é bidirecional. Não fomos criados para monólogos.

Que possamos ser sensíveis em relação à escuta do outro e entender que, em outro momento, poderemos ser nós aquele(a) que necessitará de alguém para estabelecer um diálogo, "emprestar" um ouvido.
Não entre em uma conversa pensando já conhecer o desfecho da história. Invista tempo, atenção e demonstre interesse pelo que está sendo dito. E, caso não disponha de tempo e interesse, não inicie uma conversa. A comunicação é preciosa, é o canal direto entre você e o outro, e a forma como você conecta-se com o outro é a própria linguagem do amor.