Mais uma vez é maio. E mais uma vez celebramos o "Dia das Mães ".

Mais uma vez é maio. E mais uma vez celebramos o "Dia das Mães ".

Por
Jeane Rodrigues
Conselheira da ONDA-AutismoS/MG; Coordenadora do Projeto TEApresentar - Mulheres Autistas e Mobilizadora do Projeto TEAcolher - Mãe/Mulher; Autista e mãe atípica.
Elaine dos Santos Andrade Almeida
Conselheira Estadual da ONDA-AutismoS/SP; Coordenadora do Projeto TEAcolher Mãe/Mulher; Tecnóloga em Gestão Pública e mãe atípica.


É clichê dizer isso, mas nosso dia é todo dia.
A mãe atípica sabe disso e sabe também que esse dia poderia ter outro nome: o dia da esperança!
Porque é isso que nos move todos os dias.
Esperança de que a inclusão aconteça. De que nossos filhos sejam os mais autônomos e independentes possível.
Esperança de ver o preconceito ir embora de ver e dar lugar ao respeito.
Uma esperança contínua, que nos dá a força para iniciarmos as lutas diárias.
Não há momento ruim para qualquer mãe, mas existe muito cansaço físico e emocional para mãe atípica.
A balança dessa mãe por vezes não tem equilíbrio, são conquistas e frustrações, uma mistura de sentimentos, que a deixa sobre forte emoção.
Mãe, o que seria dos filhos sem esse ser tão representativo, presente em todos os momentos na vida de seu filho?
Essa fada madrinha anula-se para se dedicar e dar ao seu filho o melhor, deixa de se abraçar, de se amar, de viver seus sonhos, de seguir seus objetivos para servir de base e esteio.
Amor em abundância, dedicação sem limites, coração cheio de emoção, olhos cansados, mas ela está de pé, por amor, por esperança!
Mãe atípica veste roupa de mulher maravilha e esconde as cicatrizes da vida, mas não perde a esperança!
O que a gente deseja é que um dia essa mãe tenha sua esperança almejada, que tudo aquilo que é direito do seu filho seja praticado, então ela voltará a se amar, se abraçar e seguir mais leve. Poderá olhar para trás e aposentar suas vestes de mulher maravilha e vestir a roupa da alma leve e realizada.