Distinta

Distinta

Por Giovana Uggioni

"Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." Carlos Drummond de Andrade

T iram-lhe a atenção, facilmente, estímulos externos
T ornando, frequentemente, uma bagunça os seus cadernos
T oda leitura converte-se em adversária
T alvez mais uma lida, então, seja necessária
T em únicas sensibilidades sensoriais
T extura, luz, som e cheiro
T razem, muitas vezes, reações intensas que a percorrem por inteiro.

D esatenção é recorrente em cotidianas situações
D o mesmo modo que acontece com as desorganizações
D ificuldade em esperar do outro a vez
D esafio é seguir instruções com solidez
D iante dessas características,
D iferentes estratégias podem ser traçadas.
D essa forma, fica mais fácil as metas serem alcançadas.

A s pessoas costumam não entender
A nalisam e julgam, sem saber, mas a verdade é que
A inteligência com o transtorno nada tem a ver
A criança vai para um mundo paralelo, a fim de
A stutamente, o pânico da sobrecarga emocional vencer

H onrada me sinto por tê-la
H abitando o meu coração, muito além do
H orizonte vai a sua imaginação
H avia muita bagunça e também esquecimentos
H istérica eu ficava durante aqueles momentos
H oje, eu compreendo o que diz o diagnóstico, em sua

H omenagem, fiz até um acróstico
H abilidades, ela tem muitas, como cantar no Karaokê
H terogênea, distinta, assim é a minha doce Mafê.